Política fiscal reflete o conjunto de medidas pelas quais o Governo arrecada receitas e realiza despesas de modo a cumprir três funções: a estabilização macroeconômica, a redistribuição da renda e a alocação de recursos. A função estabilizadora consiste na promoção do crescimento econômico sustentado, com baixo desemprego e estabilidade de preços. A função redistributiva visa assegurar a distribuição equitativa da renda. Por fim, a função alocativa consiste no fornecimento eficiente de bens e serviços públicos, compensando as falhas de mercado.
Os resultados da política fiscal podem ser avaliados sob diferentes ângulos, que podem focar na mensuração da qualidade do gasto público bem como identificar os impactos da política fiscal no bem-estar dos cidadãos. Para tanto podem ser utilizados diversos indicadores para análise fiscal, em particular os de fluxos (resultados primário e nominal) e estoques (dívidas líquida e bruta). A saber, estes indicadores se relacionam entre si, pois os estoques são formados por meio dos fluxos. Assim, por exemplo, o resultado nominal apurado em certo período afeta o estoque de dívida bruta.
Resultado fiscal primário é a diferença entre as receitas primárias e as despesas primárias durante um determinado período. O resultado fiscal nominal, por sua vez, é o resultado primário acrescido do pagamento líquido de juros. Assim, fala-se que o Governo obtém superávit fiscal quando as receitas excedem as despesas em dado período; por outro lado, há déficit quando as receitas são menores do que as despesas.
No Brasil, a política fiscal é conduzida com alto grau de responsabilidade fiscal. O uso equilibrado dos recursos públicos visa a redução gradual da dívida líquida como percentual do PIB, de forma a contribuir com a estabilidade, o crescimento e o desenvolvimento econômico do país. Mais especificamente, a política fiscal busca a criação de empregos, o aumento dos investimentos públicos e a ampliação da rede de seguridade social, com ênfase na redução da pobreza e da desigualdade.
Fonte: Sobre Política Fiscal. Tesouro Nacional, 2020. Disponível em: https://www.gov.br/tesouronacional/pt-br/estatisticas-fiscais-e-planejamento/sobre-politica-fiscal . Acesso em 18/05/2022
A Política Fiscal é um conjunto de medidas adotadas pelo governo com a finalidade de equilibrar as contas públicas. Existem dois tipos de política fiscal, a restritiva e a expansionista que é definida de acordo com o momento econômico que o país vivencia. Entenda as principais diferenças entre cada uma delas:
- Política Fiscal Restritiva
A Política Fiscal Restritiva propõe a diminuição dos gastos públicos como forma de equilibrar o orçamento e aumento de impostos para ampliar a arrecadação. Ao promover o aumento da carga tributária, indiretamente acontece há a redução da moeda em circulação.
- Política Fiscal Expansionista
Ao contrário da Política Fiscal Restritiva, a Política Fiscal Expansionista promove o aumento dos gastos públicos como forma de estimular a economia para retomar o crescimento no curto prazo. Entre as ações adotadas neste tipo de Política Fiscal estão: o estímulo às exportações, diminuição da carga tributária para estimular o consumo e os investimentos, além de aplicar tarifas e barreiras às importações para valorizar a produção industrial nacional.
O Tesouro Nacional é o órgão responsável pelas contas públicas e os principais indicadores econômicos que o Governo deve acompanhar para determinar a Política Fiscal adotada são a inflação, equilíbrio das contas externas e crescimento da produção e do emprego.
Fonte: Política Fiscal: o que é e porque o investidor deve saber mais sobre o assunto?. Onze, 2022. Disponível em: <https://www.onze.com.br/blog/politica-fiscal/>. Acesso em: 20/05/2022